Discurso de Saudação ao acadêmico José Pereira Sobrinho
Excelentíssimo Senhor Professor Lucas Lamonier Silva Santos, digníssimo presidente da Academia Gloriense de Letras (AGL), na pessoa de quem saúdo os demais integrantes da Mesa.
Excelentíssimo confrade Domingos Pascoal de Melo, neste ato representando a Academia Sergipana de Letras (ASL), na pessoa de quem cumprimento cordialmente as confreiras e os confrades desta Tertúlia Acadêmica, na qual me orgulho de ocupar a cadeira número 16 como Membro Efetivo, cuja patrona é a saudosa Professora/Educadora/Contabilista Maria Helena de Andrade Pereira. E as confreiras e os confrades da Academia Literária do Amplo Sertão Sergipano (ALAS), na qual integro o honroso quadro de Membros Fundadores, ocupando a cadeira número 03, a qual tem como patrono o memorável Marcelo Déda Chagas.
Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, Francisco Carlos Nogueira Nascimento, na pessoa de quem felicito as demais Autoridades presentes ou representadas.
Ilustríssimos confrades e ilustríssimas confreiras de outras coirmãs.
Ilustríssimo Senhor José Carlos Pereira, na pessoa de quem homenageio os componentes da família do recipiendário José Pereira Sobrinho.
Meus cumprimentos especiais aos demais neoacadêmicos e homenageados desta noite.
Senhoras e Senhores,
Boa Noite!
Sinto-me honrada por ter sido escolhida pelo insigne Presidente, Lucas Lamonier Silva Santos, para fazer a saudação, em nome da Academia Gloriense de Letras, nesta Sessão Solene, ao neoacadêmico, poeta e compositor José Pereira Sobrinho, como Membro Honorário, ocupando pela primeira vez a cadeira de número 05 deste Egrégio Literário.
O poeta e compositor, conhecido por Zé Pereira, um dos mais ilustres glorienses, é dono de um grande acervo de composições musicais engavetadas. Até o momento, apenas três saíram do rascunho. Duas foram gravadas pelo brilhante gloriense, músico, cantor, jornalista, radialista e compositor Antônio Poderoso; e a outra composição é um dos Símbolos Municipais, o Hino de Nossa Senhora da Glória, gravado pela eminente gloriense, a cantora Gilcélia Ferreira Melo. O Hino é o orgulho de todos que amam esta Glória.
Aproveito a oportunidade para recitar a segunda estrofe desse belo Hino:
Glorienses, marchemos unidos,
Pelo progresso do nosso lugar.
Nossa Glória é grande e infinita,
Força humana não pode acabar.
Zé Pereira tem uma memória exemplar, não se cansa de poetizar e relatar a história de sua terra e de sua gente. Homem de um coração voltado para Deus, professa a religião católica. Doou para a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória a imagem de Nossa Senhora de Fátima, que foi levada em procissão para a Igreja Matriz, entoando-se um Hino de louvor de composição dele. Acompanhei a procissão juntamente com meu pai e várias pessoas. Guardo uma foto como lembrança. Vou declamar a primeira e a quarta estrofes do hino, vejam como ele devotou referências à Santa:
Nossa Senhora de Fátima com seu
Manto Varonil proteja a nossa gente
Madrinha do meu Brasil.
Oh minha virgem Senhora com seu
Rosário na mão proteja a nossa terra
E acabe com a guerra e a destruição.
O neoacadêmico homenageou também o querido e amado Pe. Gregório, in memoriam, com uma música elaborada apenas com palavras iniciadas pela letra A.
Faltam 10 anos para Nossa Senhora da Glória completar 100 anos da sua Emancipação Política, no entanto, o hino do Centenário Zé Pereira já o fez.
Com certeza! Seu vigor dará mais qualidade à imortalidade, fortalecendo os pilares culturais, artísticos e literários da Academia Gloriense de Letras (AGL), que tem como lema: ALCANÇAR A GLÓRIA ATRAVÉS DAS LETRAS.
É preciso dizer, com todas as palavras, em alto e bom som, que o neoacadêmico, poeta e compositor Zé Pereira contribuiu e contribui sobremaneira com o progresso desta urbe.
José Pereira Sobrinho nasceu no dia 14 de outubro de 1939, filho de Antonio Pereira Sobrinho e Maria Francelina Goes, ambos in memoriam. Contraiu matrimônio, aos 18 anos de idade, com a conterrânea Maria Barros Pereira, com quem teve quatro filhos: José Carlos Pereira, Antonio Carlos Pereira, Luiz Carlos Pereira e Francisco Carlos Pereira.
Por muito tempo, o gloriense dominou o comércio da região. Primeiro, no ramo de Armarinho, na venda de aviamentos para costureiros e costureiras do município e circunvizinhanças. Depois, com a Loja Novidade com o comércio de tecidos, chapéus, calçados, entre outros artigos da melhor qualidade.
Com a desagregação do casamento, resolveu fixar residência na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, onde conheceu a catarinense Maria Ivone Cordeiro, com a qual contraiu núpcias. Desse relacionamento, nasceu seu último filho, David Cordeiro Pereira, com quem há vinte e quatro anos não tem contato.
Sempre viu o comércio com bons olhos. Em Juazeiro do Padre Cícero, não foi diferente. Abriu uma churrascaria que denominou de Churrascaria Catarinense, a qual funcionou até quando perdurou o casamento.
Foi em Juazeiro que conheceu e fez amizade com alguns dos seus maiores ídolos musicais, entre eles o poeta e compositor Patativa do Assaré, além de Alcimar Monteiro, Raimundo Fagner, Dominguinhos e outros gênios. Mas foi na sua Terra Natal que conheceu e dialogou com o Rei Luiz Gonzaga, no Coreto da Praça Filemon Bezerra Lemos, por ocasião de um show. E foi lá em Juazeiro que fortificou a amizade, ia sempre à sua residência, era bem recepcionado também por Dona Helena, esposa do Rei do Baião. O Parque Asa Branca, ao lado da mansão de Gonzaga, era o ponto de encontro dos renomados músicos e dos apreciadores da música. Os 75 anos do Rei foram uma magnífica festa, ao lado de exponenciais produtores da música, e lá estava também o pequeno sergipano, gloriense, José Pereira Sobrinho, que no meio deles se sentia grande, em caráter e humildade.
Por inúmeras razões, retornou à sua terra amada. Ao passo que, com sua veia comercial pulsando, resolveu abrir um Bar, o qual permaneceu em funcionamento até a sua aposentadoria.
José Pereira Sobrinho, hoje o Senhor embarca na Carruagem da Academia Gloriense de Letras (AGL), com a sua bagagem artística, rica em conteúdos, para uma viagem que tem como lócus o intuito de juntar conhecimentos para fortalecer a cultura como um todo e manter viva a história.
Confrade, bons ventos o conduziram a este Sodalício!
Seja bem-vindo entre nós!
Obrigada.